Notícias dos 21

Colônia: 1530-1815

Período em que o Brasil foi Colônia do Império Ultramarino Português.
Descobrimento: 22 de Abril de 1500

Capital
Salvador – 1549 a 1763
Rio de Janeiro – 1763 a 1815

Moeda
Réis


 

Bandeira
Brasão

Capitanias hederitárias

As capitanias foram uma forma de administração territorial do império português pela qual a Coroa, com recursos limitados, delegou a tarefa de colonização e exploração de determinadas áreas. O sistema de capitanias, bem sucedido nas ilhas da Madeira e de Cabo Verde, foi inicialmente implantado no Brasil com a doação, a Fernão de Noronha, da Ilha de São João (atual ilha de Fernando de Noronha), por Carta Régia de Dom Manuel I (r. 1495–1521) datada de 16 de fevereiro de 1504.

O insucesso das expedições guarda-costas de Cristóvão Jacques, assim como o aumento do tráfico de pau-brasil e outros gêneros por corsários estrangeiros, principalmente franceses no litoral do Brasil, em um momento de crise do comércio português no Oriente, foram os fatores determinantes para a iniciativa de colonização promovida pela Coroa.

Em 1534 foram criadas 14 capitanias hereditárias, divididas em 15 lotes.[1] Os beneficiários, doze, eram elementos da pequena nobreza de Portugal. O sistema de donatários, combinando elementos feudais e capitalistas, havia sido utilizado com êxito no desenvolvimento das ilhas da Madeira e dos Açores, e foi aplicado com menor êxito no arquipélago de Cabo Verde e, durante curto espaço de tempo (1575), em Angola.

Capitania Limites aproximados Donatário
1 Capitania do Maranhão (primeira secção) Extremo leste da Ilha de Marajó (PA) à foz do rio Gurupi (PA/MA) Aires da Cunha e João de Barros
                                             (segunda secção) Foz do rio Gurupi (PA/MA) a Parnaíba (PI) Fernando Álvares de Andrade
2 Capitania do Ceará Parnaíba (PI) a Fortaleza (CE) Antônio Cardoso de Barros
3 Capitania do Rio Grande Fortaleza (CE) à Baía da Traição (PB) João de Barros e Aires da Cunha
4 Capitania de Itamaracá Baía da Traição (PB) a Igarassu (PE) Pero Lopes de Sousa
5 Capitania de Pernambuco ou Nova Lusitânia Igarassu (PE) à foz do Rio São Francisco (AL/SE) Duarte Coelho Pereira
6 Capitania da Baía de Todos os Santos Foz do Rio São Francisco (AL/SE) a Itaparica (BA) Francisco Pereira Coutinho
7 Capitania de Ilhéus Itaparica (BA) a Comandatuba (BA) Jorge de Figueiredo Correia
8 Capitania de Porto Seguro Comandatuba (BA) a Mucuri (BA) Pero do Campo Tourinho
9 Capitania do Espírito Santo Mucuri (BA) a Itapemirim (ES) Vasco Fernandes Coutinho
10 Capitania de São Tomé Itapemirim (ES) a Macaé (RJ) Pero de Góis da Silveira
11 Capitania de São Vicente Macaé (RJ) a Caraguatatuba (SP) — 1º lote
12 Bertioga (SP) a Cananeia/Ilha do Mel (PR) — 2º lote Martim Afonso de Sousa
13 Capitania de Santo Amaro Caraguatatuba (SP) a Bertioga (SP) Pero Lopes de Sousa
14 Capitania de Santana Ilha do Mel/Cananeia (PR) a Laguna (SC) Pero Lopes de Sousa

Capitanias

 

 

Tomé de Sousa – Primeiro Governador Geral do Brasil, 1549 a 1553

Foi um militar e político português, primeiro governador-geral do Brasil, quando este atendia por Estado do Brasil, chegado em 1549. Tomé de Sousa faleceu aos 76 anos.

Com exceção de Pernambuco e São Vicente, fracassa a colonização tentada por Portugal pelo método das capitanias hereditárias, usado nas ilhas atlânticas da Madeira e de Cabo Verde. A vinda de Tomé de Sousa como governador-geral foi uma das decisões mais acertadas da metrópole, quando se considera retroativamente o sucesso do povoamento e colonização do Brasil.

A Carta Régia que o nomeou escolhia por sede a capitania da Baía de Todos os Santos, a mais central geograficamente, já tendo sido comprada pela Coroa ao herdeiro do donatário Francisco Pereira Coutinho.

Antecedido por uma leva de colonos, aportou na Bahia em 29 de março de 1549. Vinha com colonos e seis jesuítas, chefiados pelo padre Manuel da Nóbrega, os primeiros mandados ao Brasil, sobre cujo destino tanto mais tarde deviam pesar.

Duarte da Costa – Segundo Governador Geral do Brasil, 1549 a 1553

Duarte da Costa (início do século XVI — 1560) foi um nobre e administrador colonial português. Membro do Conselho Real, foi embaixador na corte de Carlos I de Espanha. Foi nomeado como segundo governador-geral do Brasil (1553-1558).

Desembarcou na Bahia em 1553, trazendo uma comitiva de 250 pessoas, entre elas o noviço José de Anchieta, que seria responsável, mais tarde, juntamente com o padre Manuel da Nóbrega, pela fundação do Colégio jesuíta na vila de São Paulo.

Mem de Sá – Terceiro Governador Geral do Brasil, 1558 a 1572

Exerceu o cargo de juiz desembargador dos Agravos da Casa da Suplicação. Foi nomeado como terceiro governador-geral do Brasil, de 1558 a 1572, sucedendo a D. Duarte da Costa (1553-1558).

Chegou a Salvador, na Bahia, em 28 de dezembro de 1557. Tomou posse do Governo a 3 de janeiro de 1558.[1] Procurou pacificar a colônia, liderando a guerra contra o gentio revoltado. Nessa luta, perdeu o filho, Fernão de Sá, em combate na Batalha do Cricaré, na então Capitania do Espírito Santo.

Território dividido em dois governos-gerais, um ao Norte na Bahia e outro ao Sul no Rio de Janeiro (1572-1578)

Nome Cargo Início do mandato Fim do Mandato
Tomé de Sousa Primeito Governador Geral 7 de julho de 1549 1 de maio de 1553
Duarte da Costa Segundo Governador Geral 1 de maio de 1553 3 de janeiro de 1558
Mem de Sá Terceiro Governador Geral 3 de janeiro de 1558 2 de março de 1572
Território dividido em dois governos-gerais, um ao Norte na Bahia e outro ao Sul no Rio de Janeiro (1572-1578)
Luís de Brito e Almeida Governador na Bahia 10 de dezembro de 1572 12 de abril de 1578
Antônio Salema Governador no Rio de Janeiro 1574 1577
Reunificação do governo-geral na Bahia (1578)
Lourenço da Veiga Governador-geral 12 de abril de 1578 17 de junho de 1581
Cosme Rangel de Macedo
António Barreiros Junta governativa 17 de junho de 1581 11 de maio de 1582
Manuel Teles Barreto Governador-geral 11 de maio de 1582 9 de maio de 1587
Antônio Barreiros
Cristóvão de Barros
António Coelho de Aguiar Junta governativa 9 de maio de 1587 1592
Francisco de Sousa
Marquês das Minas Governador-geral 1592 1 de abril de 1602
Diogo Botelho Governador-geral 1 de abril de 1602 1607
Território dividido em dois governos-gerais, um ao Norte na Bahia e outro ao Sul no Rio de Janeiro (1608-1612)
Diogo de Meneses e Sequeira Governador-geral na Bahia 1608 22 de agosto de 1612
Francisco de Sousa
marquês das Minas Governador-geral no Rio de Janeiro 1609 1611
Reunificação do governo-geral na Bahia (1612)
Gaspar de Sousa Governador-geral 1613 1 de janeiro de 1617
Luís de Sousa,
Conde do Prado Governador-geral 1 de janeiro de 1617 12 de outubro de 1621
Diogo de Mendonça Furtado Governador-geral 12 de outubro de 1621 26 de julho de 1624
Marcos Tejeira
Antón de Mesquita Oliveira Junta governativa 1624 1625
Francisco de Moura Rolim Governador-geral 1625 1626
Autonomização da Capitania do Maranhão, elevada à dignidade de Estado do Maranhão (1621)
Diogo Luís de Oliveira Governador-geral 28 de dezembro de 1626 11 de dezembro de 1635
Pedro da Silva,
Conde de São Lourenço Governador-geral 11 de dezembro de 1635 23 de janeiro de 1639
Fernando de Mascarenhas,
conde da Torre Governador-geral 23 de janeiro de 1639 1640
Vasco de Mascarenhas,
conde de Óbidos Governador-geral 1640 26 de maio de 1640
Jorge de Mascarenhas,
marquês de Montalvão Vice-rei 26 de maio de 1640 16 de abril de 1641
Pedro da Silva Sampaio
Luís Barbalho Bezerra
Lourenço de Brito Correia Junta governativa provisória 16 de abril de 1641 14 de julho de 1642
Antônio Teles da Silva Governador-geral 1642 26 de dezembro de 1647
António Teles de Meneses,
conde de Vila Pouca de Aguiar Governador-geral 26 de dezembro de 1647 10 de março de 1650
João Rodrigues de Vasconcelos e Sousa,
conde de Castelo Melhor Governador-geral 10 de março de 1650 14 de dezembro de 1654
Jerónimo de Ataíde, 6.º Conde de Atouguia Governador-geral 14 de dezembro de 1654 20 de junho de 1657
Francisco Barreto de Meneses Governador-geral 20 de junho de 1657 21 de julho de 1663
Vasco de Mascarenhas,
conde de Óbidos Vice-rei 21 de julho de 1663 13 de junho de 1667
Alexandre de Sousa Freire Governador-geral 13 de julho de 1667 8 de maio de 1671
Afonso Furtado de
Castro de Mendonça
visconde de Barbacena Governador-geral 8 de maio de 1671 26 de novembro de 1675
Agostinho de Azevedo Monteiro
lvaro de Azevedo
Antônio Guedes de Brito Junta governativa provisória 26 de novembro de 1675 5 de março de 1678
Roque da Costa Barreto Governador-geral 5 de março de 1678 23 de maio de 1682
Antônio de Sousa Meneses Governador-geral 23 de maio de 1682 4 de junho de 1684
António Luís de Sousa Telo de Meneses,
marquês das Minas Governador-geral 4 de junho de 1684 4 de junho de 1687
Matias da Cunha Governador-geral 4 de junho de 1687 24 de outubro de 1688
Manuel da Ressurreição
(presidente) Junta governativa 24 de outubro de 1688 8 de outubro de 1690
Antônio Luís Gonçalves da Câmara Coutinho Governador-geral 8 de outubro de 1690 22 de maio de 1694
João de Lencastre Governador-geral 22 de maio de 1694 3 de julho de 1702
Rodrigo da Costa Governador-geral 3 de julho de 1702 8 de setembro de 1705
Luís César de Meneses Governador-geral 8 de setembro de 1705 3 de maio de 1710
Lourenço de Almada Governador-geral 3 de maio de 1710 14 de outubro de 1711
Pedro de Vasconcelos e Sousa Governador-geral 14 de outubro de 1711 14 de outubro de 1714
Pedro António de Meneses Noronha de Albuquerque,
marquês de Angeja Vice-rei 14 de outubro de 1714 11 de junho de 1718
Sancho de Faro e Sousa,
conde de Vimieiro Governador-geral 21 de agosto de 1718 13 de outubro de 1719
Sebastião Monteiro da Vide
Caetano de Brito e Figueiredo
João de Araújo e Azevedo Junta governativa provisória 14 de outubro de 1719 23 de novembro de 1720
Vasco Fernandes César de Meneses,
conde de Sabugosa Vice-rei 23 de novembro de 1720 11 de maio de 1735
André de Melo e Castro,
Conde das Galveias Vice-rei 11 de maio de 1735 17 de dezembro de 1749
Luís Pedro Peregrino de Carvalho e Ataíde,
conde de Atouguia Vice-rei 17 de dezembro de 1749 17 de agosto de 1754
José Botelho de Matos
Manuel António da Cunha Souto Maior
Lourenço Monteiro Junta de governo provisória 17 de agosto de 1754 23 de dezembro de 1755
Marcos José de Noronha e Brito,
conde dos Arcos Vice-rei 23 de dezembro de 1755 9 de janeiro de 1760
António de Almeida Soares Portugal,
marquês do Lavradio Vice-rei 9 de janeiro de 1760 4 de julho de 1760
Tomás Rubi de Barros Barreto
José Carvalho de Andrade
Barros e Alvim Junta governativa provisória 4 de julho de 1760 27 de junho de 1763
Transferência da capital da Bahia para o Rio de Janeiro (1763)
Antônio Álvares da Cunha,
conde da Cunha Vice-Rei e Capitão-General de Mar e Terra do Estado do Brasil[29] 27 de junho de 1763 31 de agosto de 1767
Antônio Rolim de Moura Tavares,
conde de Azambuja Vice-rei 17 de novembro de 1767 4 de novembro de 1769
Luís de Almeida Portugal Soares de Alarcão d’Eça e Melo Silva Mascarenhas,
marquês do Lavradio e conde de Avintes Vice-rei 4 de novembro de 1769 30 de abril de 1778
Extinção do Estado do Grão-Pará e Rio Negro e do Estado do Maranhão e Piauí, e sua incorporação ao Estado do Brasil (1775)
Luís de Vasconcelos e Sousa, 4.º Conde de Figueiró Vice-rei 30 de abril de 1778 9 de maio de 1790
José Luís de Castro,
conde de Resende Vice-rei 4 de junho de 1790 14 de outubro de 1801
Fernando José de Portugal e Castro,
marquês de Aguiar Vice-rei 14 de outubro de 1801 14 de outubro de 1806
Marcos de Noronha e Brito,
conde dos Arcos Vice-rei 14 de outubro de 1806 22 de janeiro de 1808